Quadro de Andy Warhol é vendido por R$ 458 milhões em leilão em Nova York

Uma das serigrafias mais notáveis de Andy Warhol, intitulada “White Disaster (White Car Crash 19 Times)”, entrou para a lista das obras de pós-guerra mais valiosas vendidas em leilão ao arrecadar impressionantes US$ 85,4 milhões na Sotheby’s, em Nova York, na quarta-feira (16). A casa de leilões descreveu o montante como “monumental”.

Criada por Warhol em 1963 como parte de sua série “Death and Disaster”, a obra retrata a reprodução em preto e branco de uma única imagem de um acidente de carro repetida 19 vezes. Com dimensões de 3,6 metros de altura e 1,80 metros de largura, é a maior de suas obras centradas em acidentes de carro. O trabalho foi concebido durante um período em que Warhol explorava imagens mórbidas, como nuvens de bombas atômicas e cadeiras elétricas, refletindo explicitamente sua fascinação pela mortalidade humana.

“White Disaster” destacou-se não apenas por sua enorme escala, mas também por sua paleta, que inclui variações tonais como lavanda e laranja. David Galperin, chefe de arte contemporânea da Sotheby’s em Nova York, comparou a obra à arquitetura de altares religiosos, aludindo à educação católica de Warhol e às influências religiosas em seu trabalho.

A peça estava anteriormente em uma coleção privada por 25 anos, sendo propriedade de Heiner Friedrich, fundador da Day Art Foundation, e do negociante de arte Thomas Ammann. Antes da venda, “White Disaster” foi exibida em importantes museus ao redor do mundo, incluindo o Tate Museum em Londres, o Museu de Arte Moderna de Nova York, o Centre Pompidou em Paris e, mais recentemente, no Walker Art Center em Minneapolis.

A venda de “White Disaster” faz parte de dois grandes leilões realizados pela Sotheby’s em Nova York naquela quarta-feira, totalizando US$ 314,9 milhões. Além disso, uma pintura sem título de Willem de Kooning foi vendida por US$ 34,8 milhões, sendo a segunda maior quantia já paga por uma obra do artista holandês-americano. O leilão também apresentou vendas de oito dígitos de obras de Francis Bacon e Jean-Michel Basquiat, entre outros.

Exposição sobre Vinicius de Moraes, K-Pop e shows: confira a agenda cultural de SP

A cidade de São Paulo oferece uma ampla gama de opções culturais, agradando a diversos públicos, desde entusiastas do modernismo brasileiro até fãs do K-Pop. Este mês, a capital paulista recebe uma variedade de eventos especiais.

Para os apreciadores de MPB e literatura, o Farol Santander, situado no centro histórico de São Paulo, apresenta uma exposição dedicada ao ícone Vinícius de Moraes. Com mais de 200 itens inéditos e originais, a mostra destaca-se como um acervo abrangente sobre a vida e obra do artista.

Os amantes da poesia e da literatura brasileira podem desfrutar do Festival Mário de Andrade, promovido pela prefeitura de São Paulo. O evento, que acontece neste fim de semana, oferece palestras, debates, oficinas, saraus e slams, além de apresentações musicais e espetáculos teatrais.

Para os entusiastas do K-Pop, o Centro Cultural Coreano no Brasil traz uma exposição sobre a moda sul-coreana, exibindo trajes usados por artistas renomados, como BTS e Blackpink. A exposição proporciona uma imersão na cultura da Coreia do Sul.

O Museu da Energia de São Paulo, após dois meses de fechamento, reabre suas portas ainda este mês com duas exposições que transportam os visitantes para o passado. A exposição “São Paulo pelas lentes de Gaensly” permite uma viagem no tempo por meio do acervo do fotógrafo Guilherme Gaensly. Outra exposição, intitulada “Tempos de Energia”, destaca momentos cruciais da história do setor elétrico paulista.

Essas atrações prometem enriquecer a agenda cultural da cidade, proporcionando experiências diversas para todos os gostos e interesses.

Após 9 anos fechado, Museu do Ipiranga reabre ao público nesta quinta-feira (8)

A partir das 11h desta quinta-feira (8), o Museu do Ipiranga, em São Paulo, abre suas portas ao público, marcando o retorno após nove anos de fechamento. A reabertura ocorre um dia após as celebrações do bicentenário da Independência do Brasil. Com uma completa restauração, o museu promete ser um dos mais abrangentes e modernos da América Latina, esperando receber entre 900 mil a 1 milhão de visitantes anualmente.

Até o dia 6 de novembro, o acesso ao museu será gratuito, mas os interessados precisarão agendar a visita pelo site do museu. A experiência será exclusiva para aqueles que realizarem o agendamento antecipado.

A reabertura oficial aconteceu na noite de terça-feira (6), em uma cerimônia restrita a convidados, autoridades e patrocinadores. Na quarta-feira (7), em uma inauguração simbólica, 200 estudantes de escolas públicas de São Paulo e os trabalhadores envolvidos na reforma, junto com suas famílias, tiveram a oportunidade de explorar o novo museu.

O acervo do museu conta com 3.058 itens próprios, 509 de outras coleções e 76 reproduções e fac-símiles. Abrangendo os séculos 19 e 20, os objetos incluem pinturas, esculturas, móveis, documentos, fotografias e muito mais, explorando a sociedade brasileira em diversas esferas, desde a vida doméstica até a esfera social.

A reforma, com um custo estimado em R$ 235 milhões, transformou completamente o museu, aumentando seu tamanho e triplicando a área expositiva de 12 para 49 salas. O espaço agora é moderno e acessível, contando com elevadores, escadas rolantes e diversas áreas antes inacessíveis ao público. Com 70 peças multimídia, salas imersivas e recursos multissensoriais, o museu busca proporcionar uma experiência envolvente e educativa para todos os públicos.